Fm. 1:1-25
Vivemos em uma sociedade, onde o individualismo domina o coração do ser humano de uma maneira fria e desprovida de afetividade. A igreja de Jesus está no meio desta sociedade e tem a missão de ser sal e luz em meio às trevas, entretanto, o que temos visto é que muitos cristãos foram afetados por este “mal do século” e têm vivido de forma individualista.
O Novo Testamento não concebe a idéia do individualismo, antes pelo contrário, o discípulo é chamado para viver em comunidade e desfrutar do relacionamento mútuo, e a mutualidade tem como uma das suas bases, o importar-se, e importar-se revela o quanto amamos, e o amor mútuo é a essência dos relacionamentos dentro da comunidade dos discípulos. O Novo Testamento revela algumas verdades sobre o amor, que o discípulo precisa conhecer para aprender a se importar. Vejamos algumas dessas verdades:
a) O amor se desenvolve quando os relacionamentos são transparentes – Fm. Cap. 1
Na semana passada, vimos as bases bíblicas para os relacionamentos transparentes e hoje veremos que só esse tipo de relacionamento cria um ambiente, onde o amor mútuo pode se desenvolver. Na carta a Filemon, vemos um profundo nível de amor cristão, mas também vemos que esse amor se desenvolveu por conta de relacionamentos transparentes.
b) O amor leva o discípulo a honrar aquele a quem ele ama – Rm. 12:10, Fl. 15 a 19
A honra é algo, que habitualmente, prestamos àqueles que estão investidos de autoridade, mas o que o NT ensina é que devemos honrar a pessoa, e não o cargo ou a função que ela ocupa. Na carta a Filemon vemos com muita clareza, Paulo honrando um escravo fugitivo porque agora ele era um irmão amado (16).
c) O amor se arrisca pela pessoa amada – Jo. 15:13; I Jo. 3:16
Em Jo. 15:3, o Senhor Jesus diz que amar (importar-se) nos leva a correr riscos e em I Jo. 3:16, é incisivo: “o verdadeiro amor dá a vida pelos irmãos”. Na carta a Filemon, Paulo se arrisca por Onésimo (10, 12), coloca em jogo a sua reputação (17) e as suas finanças (18). A comunidade dos discípulos foi chamada para fazer diferença, e só se faz diferença, quando somos capazes de nos arriscarmos por aqueles a quem amamos.
d) O amor gera confiança – Fl.17, 18 e 21
Amar uma pessoa resulta em confiança, principalmente quando esta pessoa declara arrependimento e desejo de mudança, ainda que o passado desta pessoa tenha manchas terríveis. Paulo demonstrou o quanto ele confiava em Onésimo, quando se arriscou por ele, e o recomendou a Filemon seu antigo dono.
Onésimo fora escravo de Filemon e fugira, e pelo que tudo indica roubara seu amo, mas agora ele era uma nova criatura, e merecia uma nova oportunidade.
Amar, na comunidade dos discípulos, é a expressão do quanto fomos transformados por Deus e o quanto nos importamos revela a intensidade do nosso amor.
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