sexta-feira, 27 de março de 2009

O juramento de tolo

Mt. 5:33-37
Nestes versos, o Senhor Jesus retoma o que foi dito aos antigos, dá uma nova interpretação, aprofunda a essência do ensinamento e propõe um nova premissa, que é: “De modo algum jureis”.
Na visão dos antigos bastava cumprir rigorosamente um juramento e eles estariam livres de qualquer cobrança por parte de Deus ou de seus representantes.
Ao analisarmos o texto, vemos que Jesus não está condenando compromissos e votos que possamos assumir com Deus ou com as pessoas, mas sim a motivação com que as pessoas faziam e fazem juramentos, na sua relação com o Senhor e com as pessoas.

a) Juramento como instrumento de barganha com Deus (Mt. 5:34,35) 
Na relação do discípulo com o Pai Celeste não há lugar para barganha, troca de favores ou recompensas, mas unicamente de confiança. O discípulo crer na soberania de Deus e a ela se submete, pois o seu Deus é Senhor de todas as coisas, e ele tem consciência de que não há nada que ele possa oferecer ou prometer, que já não pertença a Ele (Sl. 24:1), já no paganismo, a relação entre os devotos e a divindade, funciona à base de troca e barganhas, mas no cristianismo elas jamais deveriam existir.

b) Juramento como instrumento de credibilidade (Mt. 36,37) 
O discípulo de Jesus é chamado a ter uma palavra que reflita quem ele é em Cristo; logo, ele não necessita de artifícios manipuladores para merecer confiança ou ter credibilidade. O discípulo tem consciência de que tudo que o ele fala, vai se refletir no seu relacionamento com Deus, por esta razão o seu SIM e o seu NÃO serão sempre reflexo de um caráter regenerado.
Não há pecado em se fazer um compromisso, um voto ou uma aliança com Deus ou com as pessoas, até porque em toda a Bíblia, Deus lida com o seu povo através de alianças, contudo temos que compreender que estes compromissos, votos e alianças que venhamos a fazer com Deus ou com as pessoas, devem estar relacionados à santidade, ao caráter e à integridade, e não às coisas, pois não há nada que um discípulo possa oferecer, que já não pertença a Ele. O discípulo, tem consciência que tudo o que ele recebe é fruto da preciosa graça e infinita misericórdia do Senhor.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Assuntos da reunião de sábado

Pessoal, como o assunto das próximas duas reuniões são relacionados, trataremos de ambos de uma só vez no encontro de sábado. Os assuntos são: "A mutilação dos olhares 'preciosos'" e "Quem sou eu diante da possibilidade do adultério?". Ambos já foram postados no Blog.
Lembramos também que a reunião será no Taquaral e nos reuniremos as 08:00h na casa do Gerson para sairmos juntos.

Bjos, e até lá.

Quem sou eu diante da possibilidade do adultério?

Mt. 5:29, 30
Quando analisamos os versos anteriores, vimos que a raiz do problema está no coração do ser humano (Mt. 6:22,23) e não nas possibilidades que surgem diante dos seus olhos, por esta razão cabe ao discípulo mutilar os “olhares impuros” e buscar em Cristo a santidade para os seus olhos.
Hoje, vamos refletir sobre as atitudes do impuro, do religioso e do discípulo diante da possibilidade do adultério, e veremos o caminho ensinado por Jesus para não cairmos no pecado.
a) O impuro(a) diante do perigo 
O impuro diante da possibilidade do adultério aceita o cortejo, invade a privacidade do outro, olha pela fresta da janela, perde a cabeça, faz planos e no seu imaginário começa a “desfrutar”, engole com os olhos e abocanha com o corpo.
b) O religioso(a) diante do perigo
O religioso, diante da possibilidade do adultério, em geral faz uso da hipocrisia e expressa uma atitude punitiva para com a pessoa que o(a) ameaça, e assim projeta para o outro todo o mal que está dentro dele, e desta forma cria artifícios que apenas encobrem, mas não erradicam o mal. Quando o(a) religioso(a), dominado pelos olhares impuros, encontra outros seres humanos com as mesmas motivações que as suas, um ambiente favorável à consumação do pecado se estabelece.
Nota: Alguns religiosos fazem uso da auto-punição, da clausura e até da dedicação exagerada à obra de Deus, na tentativa de vencer a tentação.
c) O discípulo(a) diante do perigo
Quando um discípulo de Jesus Cristo se depara com o perigo, ele avalia suas motivações e valores, e ao perceber que o seu “olho” ou a sua “mão” estão escandalizando, ele(a) os mutila. O discípulo busca erradicar o mal que está nele e não no outro, como fazem os religiosos. O discípulo não hesita em buscar ajuda, e é capaz de renunciar a tudo que ponha em risco a sua integridade e a da outra pessoa. Ele sabe que renunciar a um olhar tentador, a um jantar perigoso, a uma amizade que está no limite da intimidade, aos fatores que aguçam seus desejos e fantasias (filmes, novelas, revistas, internet), ele estará mutilando os olhares “preciosos”, e abrindo um canal para ser curado e liberto.
Ao concluir, podemos afirmar que o adultério não depende de como o(a) outro(a) se veste ou insinua o seu corpo, mas sim de como estão os olhos do coração de quem olha.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Reunião do próximo sábado (21/03)

Pessoal,

Conforme eu já havia adiantado, nossa próxima reunião será na lagoa do Taquaral (Campinas). Vamos fazer um pequenique gostoso e ter um bom momento de comunhão.
Nos encontraremos na casa do Gerson para sairmos todos juntos. Por isso gostaria de marcar com TODOS as 08:00h (uma hora antes do normal), para aproveitarmos melhor a manhã.

Bjos
Wash

segunda-feira, 16 de março de 2009

Reunião dia 21/03/2009

Pessoal,

Como não tivemos nossa reunião do dia 14/03 (ninguém foi, mas oramos por vocês), o assunto para a reunião do dia 21/03 será o mesmo que seria o do dia 14, o último postado no blog.
Nesta semana teremos dois aniversariantes em nossa célula (eu e a Jose), por isso queremos fazer um encontro "diferente", vamos nos reunir em algum lugar que dê para passarmos a manhã (ou o dia) e fazermos um piquenique, o que vocês acham?
Tenho algumas coisas em mente, mas gostaria de saber de vocês a disponibilidade de cada um e suas sugestões de local.

Bjos
Wash

quinta-feira, 12 de março de 2009

A mutilação dos olhares “preciosos”

Mt. 5:27-32
O raciocínio utilizado pelo Senhor Jesus nesta passagem é o mesmo utilizado na questão anterior, pois da mesma forma que o crime não começa com uma arma em punho, o adultério não se incia na cama, mas na cobiça fecundada mentalmente. Mais uma vez Jesus está falando de caminhos do sentimento - da fonte de onde podem brotar as coisas boas e as coisas más. Ele não está falando apenas de atos praticados, mas da necessidade que todo ser humano tem de ser transformado interiormente. Para Deus o adultério não é cometido apenas para aquele que vai para a cama com a mulher alheia, mas também por aquele que projeta e consuma mentalmente a mesma situação.
É evidente que Jesus não está avaliando a gravidade das duas situações, todavia do ponto de vista da natureza dos indivíduos, tanto aquele que pensa (com olhares impuros) quanto aquele que consuma o ato são os dois de uma mesma espécie.
a) Onde está a raiz do problema?
Jesus ataca o mal pela raiz e condena a utilização do outro como objeto de consumo e prazer, e vai mais além, condenando a hipocrisia daqueles que adulteram mentalmente, e se protegem por trás da falsa religiosidade (Cl. 3:20-23). A hipocrisia deles consiste no ato de condenar outros adúlteros praticantes, enquanto eles continuam adulterando. O ensino de Jesus desnuda a hipocrisia dos escribas e fariseus, que não se dão conta de que, mesmo não praticando o adultério, são interiormente tão adúlteros quando os mais depravados pecadores, pois a origem do problema está no coração e não na consumação do ato.
b) O olhar impuro X o olhar que percebe a beleza
É fundamental perceber a diferença entre um e outro. Olhar com intenção impura não é a mesma coisa que olhar percebendo a beleza ou sentindo atração por alguém do sexo oposto. Não há pecado em se perceber a beleza da criação. Sentir atração por uma pessoa do sexo oposto é natural, contudo alimentar o sentimento e usar o outro mentalmente é que é tão pecaminoso quanto o ato praticado.
c) A nova natureza que o discípulo recebe de Cristo (2Co. 5:17)
A nova natureza que o discípulo recebe de Jesus, o faz diferente tanto dos que adulteram na prática, quando dos que adulteram mentalmente. O religioso se gloria do pecado não praticado, e por isso não sente necessidade de se arrepender do que é (aos quais não devemos nos assemelhar). Ao discípulo cabe uma atitude mais radical – a mutilação de áreas, sentimentos, motivações ou outras partes que o estejam levando a fazer de uma pessoa do sexo oposto um mero objeto de consumo sexual. Ao discípulo cabe avaliar criteriosamente a fonte onde começa o mal – o coração – e erradicar este mal, mutilando os sentimentos impuros.
Do ponto de vista de Deus, a responsabilidade é exclusiva do discípulo. A pureza ou a impureza depende dos olhos de quem vê e não da insinuação da outra pessoa (Tt. 1:15). Não há razões para nenhum de nós se colocar como vítima, mesmo que em todo jogo sexual haja uma via de mão dupla.

Reunião dia 14/03/2009

Pessoal, a próxima reunião (14/03) será na minha casa, por causa do casamento da Priscila e a movimentação que terá na casa do Gerson nestes dias.

Tks
Vejo vocês lá.

segunda-feira, 2 de março de 2009

A mutilação dos sentimentos criminosos

Mt. 5:23-26; 38,39 e 43-48
Na ministração anterior, alguns dentre nós, ficaram inquietos ao se depararem com afirmações tão fortes, que colocaram em cheque alguns sentimentos e atitudes que muitas vezes temos nutrido contra outras pessoas crentes e também não crentes, sentimentos e atitudes que julgamos legítimos; contudo vimos que tais sentimentos são reprovados pelo Senhor Jesus, pois somos da luz e não mais estamos nas trevas.
Hoje, daremos sequência à mensagem de Jesus e veremos que ele nos mostrou o caminho para que a vida seja sempre preservada, tanto no sentido físico, como também no emocional. Vejamos esse caminho:
a) Usar a reconciliação para mutilar o desprezo ao irmão – Mt. 5:23-24 
Jesus enfatiza que na comunidade dos discípulos, a preservação dos relacionamentos entre os irmãos (em Cristo) é tão importante quanto levar uma oferta ao altar. O culto é um ato de quem se reconciliou com Deus, e sendo reconciliado com Deus, deve viver reconciliado com o irmão. O discípulo que ama e obedece ao Senhor é capaz de sacrificar o culto a fim de buscar a restauração de uma amizade em risco, e isto é mais do que não matar: é viver em função da vida.
b) Usar o diálogo e negociação para mutilar males maiores – Mt. 5:25-26
Na relação com os irmãos os discípulos devem buscar a reconstrução de relacionamentos profundos pela reconciliação, já na relação com os adversários, a atitude é meramente diplomática. É um acordo, uma negociação, a fim de que não se chegue a consequências mais dramáticas, tais como: submeter-se à humilhação de receber um oficial de justiça, ou até mesmo a prisão.
c) Usar a cautela e a paciência para mutilar a ira do perverso – Mt. 5:38, 39 ss.
No relacionamento com o irmão a orientação é a reconciliação, com o adversário é a negociação, mas com a pessoa perversa, a situação é completamente diferente. Jesus mostra que o discípulo, por valorizar a vida, não deve resistir ao perverso, antes pelo contrário devem, se necessário for, oferecer a outra face, andar a segunda milha, entregar a capa, e assim por diante.
d) Usar a oração para incluir o inimigo, e assim mutilar o ódio – Mt. 5:43-48
Do discípulo se espera muito mais do que homem que não conhece a Deus, pois enquanto este só ama aos o amam, o discípulo é incitado a amar aqueles que se declaram seu inimigo e orar por eles. Jesus ama levando em consideração seus valores, sua percepção sobre a vida, e não a forma como os outros o tratam, assim também discípulos devem amar.
Nos que somos discípulos de Jesus somos encorajados a orar pelos inimigos, interceder por eles e abençoá-los.
Para muitos este discurso pode ser duro, mas temos que compreender que na luta do mal contra o bem, no que depender de nós o bem tem que vencer; e só se vence o mal com o bem (Rm. 12:9 e 21); e não podemos nos esquecer, que toda a vez que pagamos com a mesma moeda usada por uma pessoa de atitude má, o mal nos vence.