segunda-feira, 2 de março de 2009

A mutilação dos sentimentos criminosos

Mt. 5:23-26; 38,39 e 43-48
Na ministração anterior, alguns dentre nós, ficaram inquietos ao se depararem com afirmações tão fortes, que colocaram em cheque alguns sentimentos e atitudes que muitas vezes temos nutrido contra outras pessoas crentes e também não crentes, sentimentos e atitudes que julgamos legítimos; contudo vimos que tais sentimentos são reprovados pelo Senhor Jesus, pois somos da luz e não mais estamos nas trevas.
Hoje, daremos sequência à mensagem de Jesus e veremos que ele nos mostrou o caminho para que a vida seja sempre preservada, tanto no sentido físico, como também no emocional. Vejamos esse caminho:
a) Usar a reconciliação para mutilar o desprezo ao irmão – Mt. 5:23-24 
Jesus enfatiza que na comunidade dos discípulos, a preservação dos relacionamentos entre os irmãos (em Cristo) é tão importante quanto levar uma oferta ao altar. O culto é um ato de quem se reconciliou com Deus, e sendo reconciliado com Deus, deve viver reconciliado com o irmão. O discípulo que ama e obedece ao Senhor é capaz de sacrificar o culto a fim de buscar a restauração de uma amizade em risco, e isto é mais do que não matar: é viver em função da vida.
b) Usar o diálogo e negociação para mutilar males maiores – Mt. 5:25-26
Na relação com os irmãos os discípulos devem buscar a reconstrução de relacionamentos profundos pela reconciliação, já na relação com os adversários, a atitude é meramente diplomática. É um acordo, uma negociação, a fim de que não se chegue a consequências mais dramáticas, tais como: submeter-se à humilhação de receber um oficial de justiça, ou até mesmo a prisão.
c) Usar a cautela e a paciência para mutilar a ira do perverso – Mt. 5:38, 39 ss.
No relacionamento com o irmão a orientação é a reconciliação, com o adversário é a negociação, mas com a pessoa perversa, a situação é completamente diferente. Jesus mostra que o discípulo, por valorizar a vida, não deve resistir ao perverso, antes pelo contrário devem, se necessário for, oferecer a outra face, andar a segunda milha, entregar a capa, e assim por diante.
d) Usar a oração para incluir o inimigo, e assim mutilar o ódio – Mt. 5:43-48
Do discípulo se espera muito mais do que homem que não conhece a Deus, pois enquanto este só ama aos o amam, o discípulo é incitado a amar aqueles que se declaram seu inimigo e orar por eles. Jesus ama levando em consideração seus valores, sua percepção sobre a vida, e não a forma como os outros o tratam, assim também discípulos devem amar.
Nos que somos discípulos de Jesus somos encorajados a orar pelos inimigos, interceder por eles e abençoá-los.
Para muitos este discurso pode ser duro, mas temos que compreender que na luta do mal contra o bem, no que depender de nós o bem tem que vencer; e só se vence o mal com o bem (Rm. 12:9 e 21); e não podemos nos esquecer, que toda a vez que pagamos com a mesma moeda usada por uma pessoa de atitude má, o mal nos vence.



Nenhum comentário: