Mt. 5:29, 30
Quando analisamos os versos anteriores, vimos que a raiz do problema está no coração do ser humano (Mt. 6:22,23) e não nas possibilidades que surgem diante dos seus olhos, por esta razão cabe ao discípulo mutilar os “olhares impuros” e buscar em Cristo a santidade para os seus olhos.
Hoje, vamos refletir sobre as atitudes do impuro, do religioso e do discípulo diante da possibilidade do adultério, e veremos o caminho ensinado por Jesus para não cairmos no pecado.
a) O impuro(a) diante do perigo
O impuro diante da possibilidade do adultério aceita o cortejo, invade a privacidade do outro, olha pela fresta da janela, perde a cabeça, faz planos e no seu imaginário começa a “desfrutar”, engole com os olhos e abocanha com o corpo.
b) O religioso(a) diante do perigo
O religioso, diante da possibilidade do adultério, em geral faz uso da hipocrisia e expressa uma atitude punitiva para com a pessoa que o(a) ameaça, e assim projeta para o outro todo o mal que está dentro dele, e desta forma cria artifícios que apenas encobrem, mas não erradicam o mal. Quando o(a) religioso(a), dominado pelos olhares impuros, encontra outros seres humanos com as mesmas motivações que as suas, um ambiente favorável à consumação do pecado se estabelece.
Nota: Alguns religiosos fazem uso da auto-punição, da clausura e até da dedicação exagerada à obra de Deus, na tentativa de vencer a tentação.
c) O discípulo(a) diante do perigo
Quando um discípulo de Jesus Cristo se depara com o perigo, ele avalia suas motivações e valores, e ao perceber que o seu “olho” ou a sua “mão” estão escandalizando, ele(a) os mutila. O discípulo busca erradicar o mal que está nele e não no outro, como fazem os religiosos. O discípulo não hesita em buscar ajuda, e é capaz de renunciar a tudo que ponha em risco a sua integridade e a da outra pessoa. Ele sabe que renunciar a um olhar tentador, a um jantar perigoso, a uma amizade que está no limite da intimidade, aos fatores que aguçam seus desejos e fantasias (filmes, novelas, revistas, internet), ele estará mutilando os olhares “preciosos”, e abrindo um canal para ser curado e liberto.
Ao concluir, podemos afirmar que o adultério não depende de como o(a) outro(a) se veste ou insinua o seu corpo, mas sim de como estão os olhos do coração de quem olha.
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